DESCRIÇÃO

Porto Alegre, a capital mais meridional do Brasil, teve, ao longo dos últimos 30 anos, uma tradição em gestão ambiental da qual pôde se orgulhar. No entanto, hoje a cidade se encontra entre os municípios considerados em situação crítica em relação ao índice de potencial poluidor da indústria, tem a água de seu principal abastecedor gravemente poluída por lançamentos de esgoto doméstico e industrial e registra recordes de temperatura máxima com alarmante frequência. Somado a isto, o modelo de ocupação do território tem focado a expansão da urbanização nas zonas rurais periféricas, contribuindo para a redução do grau de compacidade de sua forma. Para compreender o significado e o custo do modelo de ocupação praticado, o roteiro metodológico de geodesign de Steinitz (2012) e os métodos descrito por McHarg (1969) são replicados. Assim, foram mapeados os atributos que promovem maior valor às ocupações humanas se mantidos intocados. Os valores mapeados, quando sobrepostos, passam a constituir um mapa de aptidão à ocupação urbana e, posteriormente, de custos à urbanização de acordo com as cores e opacidades designadas para cada feição territorial. As conclusões preliminares apontam para a expansão da ocupação humana sobre os territórios mais ambientalmente sensíveis do município. A presente pesquisa propõe então, a partir desse cenário de expansão urbana indiferente aos recursos naturais indispensáveis à própria existência da urbe, uma abordagem research-by-design sobre redes de infraestruturas verdes-azuis enquanto agentes de reversão desse processo através do desenho multifuncional da paisagem. Conclui-se, através deste método, que a integração de processos naturais (infraestrutura verde azul) a redes de infraestruturas clássicas (cinzas) no contexto da cidade de Porto Alegre é possível, identificando possíveis procedimentos metodológico para o geodesign.

FICHA TÉCNICA

EVENTO

SINGEURB 2018

ServiÇOS

Artigo científico, Modelagem, Geodesign

TECNOLOGIAS

ArcGIS Spatial Analyst, Corridor Design tools

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